O que fazer
Até 30 quilómetros
Piscina da Pedra do Altar (21,1 km)
Ponto de encontro dos mais jovens e espaço recreativo muito procurado nos meses de verão, a piscina é ainda palco de iniciativas de animação, nomeadamente sessões de cinema ao ar livre e aulas de hidroginástica. Além das dimensões que a tornam um espaço seguro para crianças, conta com um parque infantil, instalações sanitárias de apoio e bar.
Praia Fluvial da Fróia (21,8 km) via IC8
Encaixada num vale, na nascente da ribeira que lhe dá o nome, a praia fluvial da Fróia tem no enquadramento paisagístico uma das mais-valias. Nas proximidades encontram-se as aldeias típicas de Pedreira e Oliveiras, onde um artesão trabalha ao vivo em verga. Moinhos recuperados, duas pequenas cascatas e extensos solários, com zona fluvial para os mais pequenos, contribuem para valorizar um espaço que além de condições naturais oferece uma zona de restauração com esplanada aberta todo o ano.
Magma Cellar em Cunqueiros (24,2 km)
A aldeia de Cunqueiros, conhecida pelo seu importante núcleo de xisto, acolhe uma das peças do Roteiro das Artes: o carácter aglutinador da aldeia de Cunqueiros, visto como lugar de encontro e polo de união dos seus conterrâneos que procuram o regresso às origens, serviu de de ponto de partida para as autoras Marta Aguiar, Mariana Costa e Sofia Marques de Aguiar do escritório Mag, do Porto, criarem a obra Magma Cellar. Através de materiais como aço inox lacado e ardósia piro expandida, e da sua aparência de lava, talvez Magma Cellar evoque o encontro com algo primordial.
Mural de São Pedro do Esteval (26 km)
A paisagem natural e os elementos patrimoniais da freguesia de São Pedro do Esteval serviram de inspiração a Sílvia Mathys e Cavalheiro Cardoso, desafiados pela iniciativa “Eu participo” para pintar um mural no exterior do edifício de apoio ao polidesportivo, que pode ser apreciado por quem passa na estrada nacional 351. Com 13 metros de comprimento e 3 metros de altura, a composição da pintura inclui a produção de mel, com a abelha em destaque, o pastoreio, a ribeira da Pracana, as estevas, os sobreiros e o olival. Além da paisagem natural, está também representada a ponte romana e as casas de xisto, que fazem parte da paisagem urbana da freguesia.
Piscina de São Pedro do Esteval (26,3 km)
Ponto de encontro dos mais jovens e espaço recreativo muito procurado nos meses de verão, a piscina é ainda palco de iniciativas de animação, nomeadamente sessões de cinema ao ar livre e aulas de hidroginástica. Além das dimensões que a tornam um espaço seguro para crianças, conta com um parque infantil, instalações sanitárias de apoio e bar.
Zona Balnear de Alvito da Beira (27,9 km)
Inaugurada em 2007, a praia de Alvito é uma das mais recentes do distrito. Situada num vale, à entrada da aldeia que lhe dá o nome, a praia é o ponto de partida de um percurso pedestre de pequena rota [PR5] através de antigas levadas. O passeio conduz até à Cova do Alvito, povoação sem habitantes permanentes mas bem preservada. A curta distância fica também a praia fluvial da Cerejeira.
Ponte Romana de São Pedro do Esteval (28,3 km)
Se as pedras que formam o pavimento irregular da ponte da Pracana falassem, teriam 20 séculos de história para contar. Falariam do desenvolvimento do comércio de vinho e azeite durante a ocupação romana da Península e do esforço de viajantes vergados por trajetos de dias ou mesmo semanas de viagem. Situada na fronteira entre os concelhos de Proença-a-Nova e Mação, a ponte romana terá sido construída entre o século I a. C. e o primeiro século da era cristã.
Presume-se que a ponte estaria integrada no antigo sistema viário que vinha do norte, passando pela “via mourisca”, através da Amêndoa e Envendos, em direção ao rio Tejo. Uma possibilidade reforçada pela existência de um troço de cerca de seis metros da primitiva estrada romana, que passaria ao longo da ribeira, feita de lajes poligonais. As técnicas empregues na construção da ponte e a ausência de siglas são apontadas pelo Sistema de Informação para o Património Arquitetónico como características que atestam a origem romana da infraestrutura e da rede em que se inseria.
A rede viária do Império Romano chegou a atingir os 150 mil quilómetros e foi essencial para o comércio da época. A sua extensão e funcionalidade perdurou muito para lá do fim do império e muitas das atuais estradas seguiram o mesmo traçado. Ditados populares como “todos os caminhos vão dar a Roma” dão testemunho dessa importância atribuída à mobilidade.
O tabuleiro inclinado da ponte assenta sobre seis arcos de dimensões diferenciadas, com os dois maiores ao centro e decrescendo para as extremidades. A estrutura, com as características guardas laterais, apresenta a montante quatro talhamares (bases angulares que nos pilares têm a missão de quebrar a força da corrente), sobre os quais se observam quatro canículos para escoamento das águas provenientes das cheias. Quanto aos materiais utilizados, o paramento é em quartzite e as aduelas em xisto e quartzite, com argamassa de consolidação.
Nas análises comparativas do património local, é apontada como ponte gémea da estrutura de Vila Formosa, sobre a ribeira de Seda, próxima da localidade com o mesmo nome, em Alter do Chão. Estima-se que tenha sido construída entre o final do século I e início do século II, estando classificada como monumento nacional desde 16 de junho de 1910.
No caso da ponte da Pracana, foi classificada como imóvel de interesse público pelo decreto nº 251/70, no qual se encontra uma extensa lista de pontos de interesse classificados a nível nacional. A salvaguarda foi atribuída pelo então designado Ministério da Educação Nacional, através da Direcção-Geral do Ensino Superior e das Belas Artes.
Desde 1992, a ponte ganhou a companhia de uma nova estrutura em betão armado, construída a montante, a uma cota muito superior. O desnivelamento dificulta a sua observação por quem passa na estrada de ligação entre São Pedro do Esteval e a Ladeira, mas uma paragem na zona ou a opção pelo percurso pedestre PR7 são a melhor forma de descobrir este património. A designada Rota dos Estevais, com início e fim na biblioteca de S. Pedro do Esteval, tem uma extensão de 7,8 Km e acompanha a confluência das ribeiras da Pracana e da Freixada, permitindo ainda observar o Moinho Novo e o Açude das Brazinhas.
Forte das Batarias I em Catraia Cimeira (29,6 km)
A complexidade de infraestruturas identificadas permitiram perceber que não estamos perante uma estrutura de campanha provisória, mas sim construída com grande investimento de planeamento e mão-de-obra, tendo como objetivo ser utilizada sempre que o perigo de invasão ameaçasse o país, com solidez suficiente para desempenhar a função pretendida e assim permanecer relativamente bem preservada durante mais de 240 anos. Os numismas exumados permitiram identificar dois momentos de ocupação, confirmando a sua construção e a ocupação do espaço entre a segunda metade do Século XVII e primeiras décadas do Século XVIII. A condenação de estruturas negativas integralmente abertas na rocha, levam-nos a crer que se trata de testemunhos de reutilização (ou reutilizações) e reestruturação do forte.